A França, em uma decisão sem precedentes, impediu uma professora lésbica e sua companheira de adotar uma criança. Em função dessa atitude, os magistrados do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, por dez votos contra sete, condenaram hoje o país por discriminação contra a denunciante em razão de sua orientação sexual, violando assim o respeito à vida privada e familiar.

O porta-voz do tribunal afirmou que é a primeira vez que a Corte condena um dos 47 Estados do Conselho da Europa por discriminação de caráter homossexual em uma demanda de adoção e, determinou a França, uma indenização de 10 mil euros (mais de R$ 26 mil) à professora. Já a Associação Francesa de Pais Gays e Lésbicas considerou o resultado do julgamento com uma "vitória moral".